Os meus dias são uma sequência de eventos repetidos como uma balada sem fim.
Não sou uma pessoa paciente, mas tu tens-me ensinado, e continuarei a aprender todos os dias, a sê-lo. Quando não aprendo suficientemente depressa, tu ensinas-me que temos todo o tempo do mundo para as duas, sem pressas, porque o que já passou não volta. Tu vais crescendo e eu vou aprendendo a ser mãe, a tua mãe. A viver estas sequências de dias repetitivos sem pressas e sem promessas de novos projetos em mãos. Somos o projeto uma da outra (tal como os teus manos) e ainda que não te vás lembrar destes momentos, eles vão-te moldando, eu acredito que sim, que te vou moldando todos os dias, o melhor que sei e com o coração cheio. Nos momentos que tenho para mim, não são muitos mas mais virão, vou devagarinho ao meu passo alimentando os projetos já começados, e tu inspiras-me, tu e o sol da Primavera que envolve o chilrear dos pássaros lá fora e abafa o som do mundo a correr, enquanto nós dançamos sem pressas.